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sábado, 15 de novembro de 2008

O que realmente tem valor? No mundo em que vivemos, podemos contemplar muitas coisas de grande beleza, e que, ao nos depararmos com elas, nos emocionam profundamente. E se nos descuidarmos, podemos facilmente ser enganados e emitir um parecer equivocado gerando uma inversão no juízo de valores. Então eu fico a refletir o que nesta vida tem mais valor? Serão os prédios, os bens, ou o ser humano? Pode-se tomar como exemplo um prédio muito bem arquitetado, com design ultramoderno e fachada imponente com cores combinadas. Alguém pode pensar que isso é o máximo de beleza que o ser humano pode deslumbrar. Ao apresentar a linda construção, o proprietário gaba-se dizendo: foram anos de trabalho e dedicação integral, sacrificando até mesmo o tempo dedicado à família; muito investimento, cada detalhe foi criteriosamente planejado; o valor é incalculável, não há nada mais valioso que isto. Porém, esquece-se que existem muitos outros valores bem mais elevados, como a vida, o sorriso, a amizade, o amor. Existem muitos arquitetos que poderiam projetar tal prédio e muitos outros construir ele da mesma forma. Mas o mais simples ser humano é obra de imensurável valor que somente um único arquiteto pode construir. O Seu valor em muito excede as coisas construídas pelo homem. Não são as coisas que dão sentido ao ser humano, e sim o ser humano confere significado às coisas. Um prédio, por mais lindo que possa ser, sem o calor humano nada é. O prédio contará parte da história da vida do seu proprietário somente a quem chegar até ele para vê-lo. Porém as pessoas são capazes de levar sua história de vida e suas realizações aos quatro cantos do país e até a outros continentes. É no discurso e na falta de quem conviver nele que serão emitidos os verdadeiros conceitos e pareceres dizendo se ele é apenas lindo ou é aconchegante e acolhedor, se possui somente uma bela fachada ou é um lugar bom para se viver, é muito amplo ou é frio por falta de calor humano. O lindo prédio jamais poderá dar uma palavra amiga, um sorriso, um abraço, um aperto de mão, coisas que até mesmo uma criança pode fazer. Qual o valor que atribuímos às pessoas? É superior, igual ou menor que as coisas materiais? Corremos o risco de passarmos pela vida sem descobrir o seu verdadeiro sentido, e então apenas devorá-la ao invés de saboreá-la. Certo homem, ao ser interrogado após um trágico acidente onde acabara de perder seu filho e sua esposa, desabafou: eu perdi toda minha riqueza, e se pudesse tê-los de volta, eu dedicaria mais tempo a eles. Valorize as pessoas. São elas que dão sentido a nossas apresentações no palco da vida, somente elas é que podem compartilhar conosco nossos sonhos, vitórias e temores. (Texto de José Valdir Ramos)

Água: direito de todos os seres vivos

Água – fonte de vida Patrimônio do planeta, a água é a seiva que permite a condição essencial de vida a todos os seres vivos e um dos direitos fundamentais do ser humano. Por isso, cada continente, povo, cidadão é responsável perante todos para que o acesso à fonte da vida - o direito à água – seja respeitado. Disso depende o equilíbrio do nosso planeta: da preservação da água e de seus ciclos a fim de garantir a continuidade da vida sobre a terra. Todo ser humano que usufrui deste recurso natural possui obrigação moral de conservar, proteger e repassar a água aos sucessores, presentes e futuros, tal como a recebeu de herança dos predecessores. Assim frisa o 8º artigo dos Direitos Universais da Água: “A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo estado.” O caminho indicado consiste em evitar o desperdício, a poluição e o uso ineficiente dos líquidos. Os recursos hídricos são agredidos seriamente, pela destruição das matas que protegem os rios e pelo despejo indiscriminado de toda espécie de resíduos nocivos. Por isso há graves problemas no abastecimento, principalmente nas regiões metropolitanas, devido ao esgotamento dos mananciais. As previsões futuras são pouco otimistas, podendo gerar conflitos e guerras e, ameaçando uma das necessidades vitais dos seres vivos e a própria segurança do planeta. Segundo dados da ONU, a água contaminada causa, anualmente, em todo mundo a morte de 5,3 milhões de pessoas, a maioria crianças. Esta situação somente poderá ser resolvida com o acesso mais amplo ao saneamento básico, através de sérios investimentos da administração pública. Diante desta realidade preocupante faz-se necessária uma intensa campanha de conscientização, que comece pela escola, chamando a atenção para os riscos com que nos defrontamos, criando hábitos de utilização racional da água, de grande importância para o desenvolvimento econômico e como elemento essencial para a vida humana. A proteção aos recursos naturais, especialmente a água é acima de tudo uma questão de educação. Se pegarmos juntos, cada um fazendo a sua parte, o problema será minimizado podendo até ser resolvido. Depende de que e de quem? De todos nós, do nosso senso de planejamento, partilha e, sobretudo solidariedade. Do espírito solidário de todos depende o consumo racional e equilibrado, que deve ser levado em conta devido à distribuição desigual sobre a terra. Desta forma todos poderão ter acesso ao precioso líquido, indispensável para nossa vida.