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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mãe gentil ou, Pátria vil?!


Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. ..
 Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! 
O novo nome do nosso país! 
Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter,
 a abundância de inexistência de solidariedade,

 o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e

 friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo
 que não é gentil e, muito menos, mãe. 
Pela definição que eu conheço de MÃE,

 o Brasil  está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. 
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade 

sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria 
da escravidão se soubesse que me restaria a 
liberdade apenas para morrer de fome. 
Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. 
Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo 
na resolução do problema, e que contivesse
 educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada
 me adianta ter educação pela metade, ou tê-la 
aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, 
acorrentada pela minha voz-nada-ativa. 
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação 
gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... 

Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, 
revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema 
social montado; mudanças que não sejam hipócritas, 

mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. 
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não 
ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. 
O povo está tão paralisado pela ignorância que 

não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão..
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para 
o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; 
as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado 
não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão
 confortavelmente situadas na pirâmide social - terão 
que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo 

para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução 
estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua 
nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar 

com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? 
De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, 

de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, 
justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. 

Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
 Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? 
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? 
Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente...
 Ou como bicho?

 Clarice Zeitel,  estudante de direito da UFRJ em julho, 
 recebeu um prêmio da Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) 
por esta redação (acima) sobre 
'Como vencer a pobreza e a desigualdade'.