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domingo, 25 de novembro de 2007

A estrutura das cores

Tudo o que está a nossa volta é visto e percebido por nós, seres humanos, com cores. É o colorido que embeleza e alegra a nossa vida. Com exceção de um pequeno grupo - os daltônicos, que captam algumas cores a menos - nós sabemos da existência de uma infinidade de cores que serão tanto ou mais diversificadas quantas forem as misturas e combinações que delas fizermos. Há uma pesquisa feita com 236 pessoas da Ásia, África e Europa sobre cores, onde se constatou que as mulheres possuíam mais capacidade de percepção das cores do que os homens. Isso devido a opsinas presentes no cromossomo X, pigmentos responsáveis pela absorção das cores. Segundo a pesquisa, elas teriam dois cromossomos X, ao passo que eles teriam um só. A estrutura da cor é dividida em física e psicológica. A estrutura física se subdivide em matiz, que é a que difere uma cor da outra; luminosidade, componente que provoca alteração nas cores entre claro e escuro; e saturação, que produz várias nuances e define se a cor é natural ou pigmentada artificialmente. A estrutura psicológica refere-se à sensação inconsciente que a cor traz para o ser humano. De acordo com a experiência de vida pessoal de cada um, algumas cores sugerem calma, tranqüilidade, paz... é o caso das cores claras (verde limão, rosa, azul celeste, bege etc.). Usam-se geralmente para pintar paredes de escolas, casas de saúde e demais ambientes públicos. Já outras, ao simples contato visual, podem provocar irritação, melancolia... São exemplos: vermelho fogo, castanho escuro, preto. É certo que as respostas às sensações estimuladas pelas cores também variam conforme os reflexos do indivíduo. Colorimetria é a ciência que estuda o tom, a saturação e a intensidade, bem como a medida e a quantificação das cores. Denominamos “temperatura” a impressão de que determinada cor seja quente, fria ou morna. No sabor, cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) estimulam o apetite. O contraste sucessivo traz a sensação de modificação das cores quando vistas em conjunto. Dimensão deixa um efeito de cor que aproxima ou distancia. Peso e tamanho provocam a idéia de que as cores escuras são menores e mais pesadas que as cores leves. As cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras. No primeiro grupo temos o vermelho, amarelo e azul, com as quais combinamos as secundárias – mistura de duas primárias. O vermelho é uma cor quente que mostra vitalidade energia e coragem. O amarelo é suave e alegre e simboliza otimismo enquanto que o azul é uma cor que dá concentração e melhora a mente. As cores terciárias resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas secundárias. São todas as outras cores, como o marrom, que é a mistura de amarelo ou vermelho com preto. Com respeito às cores neutras, são usadas para complementar um tom desejado ou modificar sua intensidade. Existem polêmicas geradas devido a ilusões óticas a esse respeito. Podemos citar o branco, os tons cinza e marrons como sendo neutros. O branco é luz isento de cor e preto é ausência de cor enquanto que o tom cinza é a mistura do branco com o preto.

Desenho realista

Em recente oportunidade ficou nesta coluna, a definição de desenho como “registro visual das imagens que vemos ou imaginamos”. Podemos especificar mais, definindo desenho como “a interpretação que damos a qualquer realidade, visual, emocional, psicológica e intelectual através da representação gráfica”. Considerando que o desenho é a base de qualquer trabalho visual, o conhecimento e o domínio de seus elementos se torna indispensável para quem deseja praticar artes plásticas. Através do estudo de desenho, o aluno terá oportunidade de conhecer para depois dominar esses elementos. Como ponto de partida no aprendizado temos a composição. Antes de medir as proporções e verificar as formas de um objeto a ser desenhado, precisamos saber colocar esse desenho no espaço adequado. De acordo com o arte-educador paulista, Philip Hallawell, “compor é organizar os elementos do desenho: linhas, pontos, manchas, cores e os espaços vazios de maneira equilibrada no espaço disponível. É o mesmo que se faz quando se arranja flores num vaso; é o que faz o fotógrafo, quando enquadra o assunto da fotografia”. A representação realista num espaço de papel é apenas parte do universo do desenho. É usar pontos, traçados e espaços da linguagem gráfica para comunicar impressões da realidade. É o meio para se adquirir o domínio sobre os fundamentos do desenho levando também a conhecer os elementos essenciais. No exercício do desenho de observação, desenvolve-se o senso de proporção, espaço, volume e planos. A sensibilidade e a intuição serão aguçadas enquanto se passa a apreciar também a textura, cor, estrutura e composição. Todos estes elementos são essenciais para a interpretação da realidade e proporcionar ao artista a total liberdade de exercer sua criatividade como quiser. O modo de interpretar será sempre o resultado de uma opção. O desenho realista que sugere exercícios de observação, garante ao artista os meios para desenvolver sua criatividade. Há inúmeros exemplos de artistas tanto clássicos quanto modernos que dominavam o desenho de observação e foram criadores de uma arte inovadora e revolucionária. É importante ressaltar, que o domínio do desenho não depende de habilidade manual, nem de conhecimento de técnicas, nem tampouco de um olhar diferenciado. Depende, isto sim, de um pensamento diferente que ele vai adquirindo. Para poder ver de uma maneira adequada para desenhar, é necessário pensar de uma maneira adequada, diferente do utilizado no dia-a-dia. Por esse fator, o desenho é um instrumento educacional muito rico, com uma abrangência maior do que se imagina. O aprendiz de desenho acaba aplicando esses pensamentos diferenciados a outras atividades, pessoais e profissionais. Torna-se mais crítico à sua realidade, mais sensível e mais criativo de forma geral e acaba enriquecendo também suas relações familiares. O mais importante em todo esse processo de aprendizado artístico, é que ele enriquece e causa enorme prazer. Isso coloca a materialização do produto artístico em segundo plano, pelo menos no início. Qualquer pessoa pode aprender a desenhar assim como se aprende a ler e fazer contas. Não é fácil, como não é fácil aprender a ler e escrever, mas não depende de “dom”. Porém, ao utilizar o desenho para criar algo significativo como uma obra de arte, é necessário, além do domínio dos elementos do desenho, usar e expor sensibilidade, inteligência, perspicácia e expressividade.

A estrutura das cores

A estrutura das cores

Tudo o que está a nossa volta é visto e percebido por nós, seres humanos, com cores. É o colorido que embeleza e alegra a nossa vida. Com exceção de um pequeno grupo - os daltônicos, que captam algumas cores a menos - nós sabemos da existência de uma infinidade de cores que serão tanto ou mais diversificadas quantas forem as misturas e combinações que delas fizermos. Há uma pesquisa feita com 236 pessoas da Ásia, África e Europa sobre cores, onde se constatou que as mulheres possuíam mais capacidade de percepção das cores do que os homens. Isso devido a opsinas presentes no cromossomo X, pigmentos responsáveis pela absorção das cores. Segundo a pesquisa, elas teriam dois cromossomos X, ao passo que eles teriam um só.

A estrutura da cor é dividida em física e psicológica. A estrutura física se subdivide em matiz, que é a que difere uma cor da outra; luminosidade, componente que provoca alteração nas cores entre claro e escuro; e saturação, que produz várias nuances e define se a cor é natural ou pigmentada artificialmente.

A estrutura psicológica refere-se à sensação inconsciente que a cor traz para o ser humano. De acordo com a experiência de vida pessoal de cada um, algumas cores sugerem calma, tranqüilidade, paz... é o caso das cores claras (verde limão, rosa, azul celeste, bege etc.). Usam-se geralmente para pintar paredes de escolas, casas de saúde e demais ambientes públicos. Já outras, ao simples contato visual, podem provocar irritação, melancolia... São exemplos: vermelho fogo, castanho escuro, preto. É certo que as respostas às sensações estimuladas pelas cores também variam conforme os reflexos do indivíduo.

Colorimetria é a ciência que estuda o tom, a saturação e a intensidade, bem como a medida e a quantificação das cores. Denominamos “temperatura” a impressão de que determinada cor seja quente, fria ou morna. No sabor, cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) estimulam o apetite. O contraste sucessivo traz a sensação de modificação das cores quando vistas em conjunto. Dimensão deixa um efeito de cor que aproxima ou distancia. Peso e tamanho provocam a idéia de que as cores escuras são menores e mais pesadas que as cores leves.

As cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras. No primeiro grupo temos o vermelho, amarelo e azul, com as quais combinamos as secundárias – mistura de duas primárias. O vermelho é uma cor quente que mostra vitalidade energia e coragem. O amarelo é suave e alegre e simboliza otimismo enquanto que o azul é uma cor que dá concentração e melhora a mente.

As cores terciárias resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas secundárias. São todas as outras cores, como o marrom, que é a mistura de amarelo ou vermelho com preto. Com respeito às cores neutras, são usadas para complementar um tom desejado ou modificar sua intensidade. Existem polêmicas geradas devido a ilusões óticas a esse respeito. Podemos citar o branco, os tons cinza e marrons como sendo neutros. O branco é luz isento de cor e preto é ausência de cor enquanto que o tom cinza é a mistura do branco com o preto.