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sexta-feira, 22 de abril de 2011


Vocação para a felicidade

Não escreverei versos chorosos cantando tristezas infinitas, amores impossíveis, saudades dolorosas,
paixões trágicas e não correspondidas.
Tenho a
VOCAÇÃO PARA A FELICIDADE.
Ser feliz não me traz sentimento de culpa. Não preciso de tristeza para justificar a inutilidade da vida.
Não preciso morrer e ir para o céu para encontrar
a felicidade.
Quero-a, e tenho-a neste espaço terreno do aqui e agora!
A felicidade, tal e qual, o amor está dentro de mim e transborda em ternuras e melodias, em carinhos e alegrias, em cantos e encantos.
Sou feliz e não preciso me justificar. Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz.
Faço minha estrela brilhar sem receio dos encontros, desencontros, encantos e desencantos
que o amor me diz.
Contrariedades? Eu as tenho!
E quem não as tem na vida secular?
Escassez de dinheiro? Nem é bom falar.
Amores não correspondidos? Separações? Rejeições? Saudades incuráveis? Carinhos repreendidos, ternuras guardadas, sem a contra parte do outro? Eu tenho aos montões. Sou o campeão das perdas necessárias ao meu crescimento.
Contudo, quem não soube a sombra, não sabe a luz.
E no livro de matemática existencial juntei todos esses problemas insolúveis, com as respostas nas últimas páginas.
Mas pra que me debruçar sobre eles, procurando a solução se a própria vida me conduz à resposta final.
Sem medo de ser feliz, vou por aqui e por ali...
Por onde os caminhos, as trilhas, os atalhos me levarem, traçando meu rumo. Às vezes, com alguma tristeza, mas quem disse que felicidade é o contrário de tristeza? Tristeza é só uma momentânea falta de alegria.
É amigo, amanhã é sempre um novo dia; e quando a infelicidade passar por aqui, minhas malas estarão prontas...
para ir por ali.
Carlos Drummond de Andrade


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