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domingo, 28 de outubro de 2007

Criatividade

Meu pai dizia: “...Criar para viver. Se não colhe não come”! Criatividade de que se trata aqui, tem esse e outros significados. Para alguns de nós, usar de criatividade pode ser realmente, questão de sobrevivência. Quando o caminho traçado se tornar insustentável, apelamos forçosamente, à criatividade ou definhamos. Ser criativo portanto, é estar preparado para a vida. Todos somos mais ou menos criativos. O grau de criatividade nos acompanha em progressão com o grau de independência que conquistamos. A vida é mestra na arte da criatividade. E como ensina! Aproveitando-se as oportunidades que surgem no dia-a-dia, pelo esforço pessoal ou pela educação formal ou informal, aprende-se a ser criativo, por um processo contínuo que ocorre ao longo de nossa vida. Criar é tornar-se consciente do que já existe, e interferir por considerar que, o que existe pode também ser diferente do que é. Estaremos sendo criativos quando admitimos que outros caminhos são possíveis. Quando mergulhando de cabeça na criatividade, transformamos a “mesmice” em algo novo, inexistente até esse momento. Criar depende das convicções internas da pessoa, de suas motivações e capacidades de usar a linguagem no nível mais expressivo que puder alcançar. A forma de como se desencadeia o processo criativo tem intrigado pesquisadores de todos os campos do conhecimento. Por um longo período acreditava-se que ser criativo era um dom, um talento, um presente divino. Só recentemente, com novas concepções ficou entendido que criar, fazer algo novo que nunca existiu, é uma possibilidade para todos e, cada um em particular, pode desenvolver-se criativamente. Quem pretende atirar-se neste vasto campo ainda pouco conhecido, para aprender a desenvolver a criatividade, deve antes conscientizar-se de que outros caminhos existem e são possíveis de serem construídos. Necessita despojar-se de atitudes de centralização das idéias para poder alargar o espaço e incorporar idéias e experiências novas; criar condições para a diversidade. Em outras palavras, ter o interior disponível para experimentar outras opções, diferentes das que estamos habituados. É um equívoco pensar que o ensino da arte não é necessário. Seria distorcer a função da arte na educação. Teorias recentes divulgadas a partir de 1950, intensificaram estudos sobre a criatividade. As pesquisas, em sua maior parte vêm da Psicologia e, distanciando-se dos enfoques sócio-históricos, voltam-se à arte-terapia e às possibilidades desta área contribuir para a qualidade de vida. Entende-se que o desenvolvimento do processo criativo na formação do indivíduo é importante pelo que contribui para sua humanização. Assim sendo, o ensino da arte é um dos campos privilegiados para desencadear estas funções.Um detalhe importante: quem se acomoda não cria. A criatividade só é possível em um cérebro em ação.

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