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domingo, 27 de abril de 2008

ARTES

Artes “menores” Quando se fala de artes plásticas, pensa-se em pintura, escultura e arquitetura, que são as três grandes. Embora existam tantas outras, são menos cogitadas. Desenho, pintura e escultura são denominados “belas artes” e seus praticantes recebem o título de artistas plásticos ou visuais. Enquanto isso a ourivesaria, a cerâmica, o mosaico, a tapeçaria e outras artes igualmente belas, incluem-se noutra categoria: a das artes menores. Essa classificação às vezes se torna irônica, quando artesões habilidosos produzem peças tão magníficas que se afirmam por si mesmas como exemplos de obras-primas ao nível artístico de “arte maior”. Em todas as épocas, grandes talentos como o pintor Raffaello Sanzio, o artesão Benvenuto Cellini e Pablo Picasso têm recorrido a elas para expressar suas idéias sobre a beleza, criando obras que podem ser consideradas como arte maior. Em alguns países, em vez de artes menores, usa-se o termo artes decorativas. E, de fato, muitas delas se aplicam à ornamentação de prédios, ambientes e de obras artísticas monumentais. A diversidade de materiais e técnicas de trabalho empregados nas artes decorativas divide-as em vários grupos, cada qual com sua história, seus grandes criadores e estilos característicos – alguns com suas obras-primas, famosas no mundo inteiro. Utensílios cinzelados em metal foram usados por diversas civilizações antigas. Bandejas e taças, objetos rituais e jóias, escudos e armas, feitos de ouro, prata, cobre e ferro, constituem achados freqüentes das expedições arqueológicas. A arte da cinzelaria foi praticada intensivamente na Europa durante a Idade Média, quando surgiram obras como o altar de ouro feito pelo artesão Volvínio para a Basílica de Santo Ambrósio em Milão. Benvenuto Cellini, que viveu durante a Renascença e realizou trabalhos admiráveis no campo da cinzelaria, fez da Florença o grande centro da arte dos metais e do cinzel. Da mesma forma, elaborados adornos em ferro batido tornaram-se recursos amplamente usados na Europa durante o período medieval para a decoração de igrejas e palácios. Também nos séculos seguintes e ainda hoje, essa arte é muito cultivada na Espanha. A tecelagem é uma técnica que o homem aprendeu em tempos muito remotos. Porém a tapeçaria, que é uma tecelagem de padrões ornamentais, para adorno de paredes, surgiu no Egito antigo. Seu tecido básico é tramado com lã. Sobre ele, fios de seda, prata e ouro compõem cenas humanas, paisagens ou natureza morta. Os tapetes são feitos apenas com lã. Os persas e turcos – que são os mais famosos – caracterizam-se pelos motivos geométricos, florais ou cenas de caças. Já nos tapetes chineses, também de grande beleza, predominam os desenhos elaborados e as figuras de dragão. A tecelagem artística também produz outros tipos de tecidos adornados, para uso em vestuário e decoração doméstica. Entre nós vemos todos os dias artesanatos diversos: caixinhas, panos de prato, enfeites em em objetos; assim também, o conjunto de cestarias coloridas e as esteiras e peneiras ainda hoje confeccionadas pelas tribos guaranis da mesma forma como o faziam seus ancestrais, é um exemplo de artes menores nas raízes das missões. A grandiosidade das artes menores se torna evidente quando visitamos um castelo ou mesmo uma tribo indígena quando sua presença expõem a beleza e o bom gosto de seu povo e ao mesmo tempo preenche o grande vazio do ambiente. (Pesquisa: Revista / Enciclopédia Cultural)

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