Vivências, acontecimentos, fatos do cotidiano, momentos marcantes, reflexões, registros... enfim, fotos e passagens da vida... são os temas abordados. Publicações de obras de arte pintadas em momentos de inspiração... alguns textos com temas ligados à arte e educação.
Sempre pontual!
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
AOS MEUS AMIGOS E AMIGAS
Quadro: 70x50cm
Quadro: 80x65cm
RETRATOS...
domingo, 28 de dezembro de 2008
"Terra e Fogo" - de Lourdes Toscani Cardinal
sábado, 15 de novembro de 2008
Água: direito de todos os seres vivos
sábado, 21 de junho de 2008
Dia Mundial do Meio Ambiente
Meio ambiente: compromisso de todos
Nós, seres humanos que temos na razão a nossa força e na inteligência o nosso bem maior, instituímos “um dia especial” para cuidar do meio em que vivemos. Usamos esta força com a qual nascemos, e que deveria nos ajudar a discernir a todo instante o que pode e o que não pode ser feito para manter o ambiente bom e saudável para todos, desviamos essa potência de capacidade para criar formas de poluir e causar estragos ao equilíbrio do lugar onde vivemos nós e nossos semelhantes.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 1972, pela ONU – Organização das Nações Unidas - tem esse sentido: um chamado para a conscientização da necessidade de preservarmos o planeta de todos, todos os dias... de assumirmos o compromisso em cuidar, não deixando esse cuidado só aos ambientalistas. Um estudo da própria ONU revela que, se fossem mantidos os níveis de exploração dos recursos naturais da época, em 100 anos o planeta estaria incapacitado de alimentar o desenvolvimento socioeconômico da humanidade. Apesar da mobilização, o alerta continua: é preciso que cada um faça a sua parte para minimizar a degradação ambiental num mundo cuja população saltará dos atuais 6 bilhões para mais de 9 bilhões de habitantes em 2050.A partir da metade do século XX, o meio ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo mundo. Celebrado de várias maneiras (paradas e concertos, competições ciclísticas ou até mesmo lançamentos de campanhas de limpeza nas cidades), esse dia é aproveitado em todo o mundo para chamar a atenção política para os problemas e para a necessidade urgente de ações.
Leitura sem palavras (não verbal)
Nosso mundo visual está repleto de linguagens verbais, assim chamadas por utilizarem a palavra, o “verbo”, no processo de comunicação. Porém, muito mais numerosos são os exemplos de linguagens não-verbais, constituídos de imagens, fotografias, eventos e tudo o que acontece em nossa volta que não esteja registrado em códigos.
Os dois tipos de linguagem quase sempre caminham juntos principalmente, quando se trata de publicar algo. A estrutura das informações publicitárias geralmente possui uma imagem (texto não-verbal), acompanhada de frase ou expressão curta (texto verbal), que complementa a informação. Compõem-se de diferentes símbolos que interagem para formar a mensagem.
Toda imagem criada é baseada em algum símbolo anterior, porque nada se cria do nada. Ela é formada (desenhada) na mente e projetada para o exterior. Com a linguagem verbal também acontece isso: a leitura que fazemos remete a um conhecimento do assunto a ser interpretado. Da mesma forma a produção escrita pressupõe aprendizagens anteriores e mantém relações constantes com outros códigos, já conhecidos, de linguagem verbal e não verbal.
Adquirimos a fala pelo contato social, na interação com outros seres humanos, quando ampliamos nossa visão de mundo onde vamos acumulando conhecimentos em todos os sentidos entre eles, os lingüísticos. A escrita é um aprendizado que deriva desse mesmo processo. A influência que a sociedade, a “grande massa” exerce sobre os indivíduos através da linguagem, tanto verbal como não-verbal, é muito forte. Acabamos sendo o reflexo da sociedade na qual estamos inseridos que nos molda e nos faz dependentes de diferentes grupos.
Nosso mundo contemporâneo valoriza cada vez mais o texto não verbal. As cores, a beleza das formas, a agitação de movimentos mexem com nossas emoções e conseguem perfeitamente substituir as palavras. As imagens invadem nossas residências de forma cada vez mais intensa, muito mais depressa do que somos capazes de assimilar. O processo se desenvolve de forma rápida e momentânea, diferente do que acontece com a escrita. Aí acontece que sentimos a necessidade de aprender a fazer a leitura de textos não -verbais. Começamos por situar o tema dentro do contexto, olhamos o entorno, aquilo que acompanha a imagem, prestamos atenção ao significado de detalhes, às relações com outros elementos, e só então teremos condições de ler e interpretar razoavelmente um texto não-verbal.
Às vezes o texto de imagens necessita ser complementado pelo texto escrito e vice-versa. Fatores como a imaginação do comunicador que convence o seu interlocutor, inferindo em suas emoções, fazem do texto não verbal uma forma de persuasão para as metas a serem alcançadas. Trajes, transportes, escolha de cores, modelos, tecidos, marcas (expectativas sócio-econômicas), são signos da auto-imagem, linguagens não-verbais altamente eficientes para determinada finalidade.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
A arte milenar da troca
A arte milenar da troca
Perto dali, um vizinho seu também andava preocupado com um problema de superprodução. Distraía-se fazendo potes e agora, que chegou a fome, sobravam-lhe vasilhas, mas faltava o que cozinhar dentro delas.
Ocorreu que o caçador e o oleiro se encontraram e o primeiro teve uma idéia engenhosa: ceder uma de suas caças ao oleiro. Isso poderia reduzir seu estoque, mas sem dar prejuízo, pois o outro decerto iria retribuir a gentileza, dando-lhe uma vasilha. Assim pensando, propôs a troca, que foi aceita sem pestanejar. Com a fome que estava o oleiro, daria até seus potes todos por um pedaço de carne.
Concluída a transação, cada qual seguiu seu rumo, sem suspeita de nenhum dos dois que, com aquela troca pioneira haviam criado um campo novo e importantíssimo para a atividade humana: o comércio. A partir dali em pouco tempo, cada povo foi criando e aperfeiçoando seus próprios métodos na arte de trocar e se então se tornou um hábito dos mais divulgados.
Entre os primitivos sistemas de trocas, um dos mais originais era praticado pelos pigmeus da África Central: iam, à noite nas plantações dos vizinhos e colhiam o que precisavam, deixando em pagamento, animais mortos ou outros produtos. Se os proprietários das roças estavam satisfeitos, isso nem os preocupava. O negócio tinha sido feito, pago, e pronto.
Tanto essa como outras formas primeiras de comércio tinham seus inconvenientes. A pessoa que oferecia algo tinha que interessar-se por aquilo que a outra quisesse dar em troca, caso contrário, não havia acordo possível. Além disso, quando os objetos escolhidos para a troca tinham valores diferentes, ficava difícil ajustar as contas. Foi por isso que se criou a moeda – uma medida de valor fixo, que estabelecia o preço de produtos de naturezas diferentes.
Para funcionar como padrão de troca, ou moeda, os antigos escolhiam sempre que possível materiais mais ou menos raros, atraentes e duráveis. Entretanto, o uso de objetos como moeda criava problemas. Um deles era a queda do valor monetário quando o objeto se tornava vulgar e era preciso encontrar outra coisa que o substituísse.
Por algum tempo foram usados como dinheiro o ferro e o cobre e, como se vulgarizassem, tiveram que dar lugar a metais mais raros como a prata e o ouro que ainda hoje continuam sendo usados na confecção de moedas.
Com o aumento do valor e do volume de negócios, o dinheiro metálico deixou de ser prático. Em grandes transações comerciais eram exigidas pesadas sacas de moedas, que dava um grande trabalho para transportar. Em vista dessas complicações foi que alguém teve a idéia de imprimir dinheiro mais prático, o que temos ainda hoje: cédulas em papel.
O processo da linguagem
É no cérebro que se processo o desenvolvimento da linguagem...
A linguagem é a principal ferramenta com que a sociedade educa, desenvolve, influencia e une as pessoas como um todo. É através dela que se darão as trocas entre o meio social e o indivíduo. Todo processo de aprendizagem acontece quando o ser humano faz comparações de suas potencialidades e capacidades com as de outra pessoa, a nível físico, psíquico e emocional. Com isso irá descobrindo os limites de suas capacidades numa interação com os semelhantes para desta forma, construir e moldar sua personalidade e seu caráter. A linguagem então, será a ferramenta usada para que esse processo se torne possível.
Logo ao nascer a criança não consegue comunicar-se verbalmente. Vai aprendendo aos poucos, gradativamente, ouvindo, e imitando o exemplo que o adulto dá e mostra: como se fala – falando. Assim aprende a linguagem por imitação e pela necessidade de comunicação e integração com as pessoas com quem convive. Essa necessidade é motivada pela dependência fisiológica, psíquica, emocional e social que ela tem em relação ao adulto. Quanto maior for a dependência, maior será a necessidade de usar a linguagem. Por isso, convém não satisfazer prontamente, todas as mínimas necessidades de um bebê, pois será um estímulo para ele se valer da linguagem e pedir o que precisa.
O mundo subjetivo passará a ser então constituído a partir da linguagem, dos fatos e dos acontecimentos. É com a linguagem que ele se relaciona com seus semelhantes pois permite que seus pensamentos e emoções sejam partilhados.
A linguagem no ser humano acontece quando o cérebro do bebê tiver a maturação suficiente para ser capaz de associar um objeto ou acontecimento com o som que ele produz. Para que essa capacidade seja possível, a criança necessita do pensamento e da imaginação que por sua vez dependem da palavra. Depois desse processo vem a capacidade de prestar atenção e o desenvolvimento da memória. Na prática, a linguagem influencia e produz novas conexões nos neurônios a fim de desenvolver o pensamento, a inteligência - junção da memória com a imaginação. Faz a mediação entre o som e o objeto ou acontecimento, através da fala. Ela é, em última análise, a encarregada de ajudar o indivíduo a se descobrir como pessoa, a construir sua personalidade e a estabelecer relações de coletividade com outros indivíduos.
"Má Mãe"
No Dia das mães em forma de homenagem, recebi um e-mail com um texto interessante, produzido por um pai. Dizia o seguinte:
“Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu amei vocês o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem estão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente por não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, por uma hora, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 5 minutos.
- Também amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram no supermercado, e os fiz dizer ao dono: “Nós pegamos isso ontem e queríamos pagar”...
- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Essas eram de todas as mais difíceis batalhas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles lhe perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era má”. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer feijão, arroz, carne, legumes e frutas.
Mamãe tinha mesmo que saber quem eram nossos amigos e o que fazíamos com eles. Insistia conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata!
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar até os 16 para chegar um pouco mais tarde em casa.
Por causa de nossa Mãe perdemos imensas experiências na adolescência.
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “Pais maus”, como minha mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: “não há pais suficientemente maus!”
quarta-feira, 7 de maio de 2008
A arte da escrita
abc ABC
São quatro os tipos de letras usadas no ensino da escrita
Toda atividade inicial da criança na escola era voltada para o treino da letra e o manuseio correto do lápis. Reproduzir linhas e “bolinhas” fazia parte da rotina da criança nas primeiras semanas de escola.
Eram quatro – e continuam sendo – os tipos de letras expostas em cartilhas e ensinadas simultaneamente. Letra de imprensa e cursiva nas formas: maiúscula e minúscula. O aluno fazia a leitura da letra de máquina e copiava em letra cursiva (à mão). Com isso ia diferenciando uma da outra.
Com o decorrer do tempo a máquina de escrever, seguida do computador foi ocupando o lugar da escrita manual dentro e fora das escolas. No mesmo ritmo foram surgindo dificuldades no ensino-aprendizagem.
O PPP – Projeto Político Pedagógico das escolas parte do princípio de que nada se recebe pronto, que tudo necessita de uma construção, inclusive o conhecimento. Os planejamentos hoje estão sendo direcionados para que o processo de alfabetização se desenvolva de uma forma mais dinâmica e lúdica, atendendo as necessidades da clientela. Sabemos que cada vez mais, a criança já vem para a escola com uma bagagem de conhecimentos adquiridos no seu mundo pessoal. Ela está em contato constante com letras maiúsculas e minúsculas de todo tipo que estimulam seu aprendizado. Diferente do que era antigamente, a criança já não espera que a professora mostre de que lado deve começar o traçado. Já vai riscando do seu jeito, adiantando o trabalho e promovendo a sua auto-aprendizagem num ritmo cada vez mais acelerado. Então, é de extrema importância que ela tenha à sua disposição os mais diversos materiais que permitam desenvolver o ser como um todo, de forma integral. Material adequado à idade como peças de encaixe, quebra-cabeças, massinhas de modelar, etc., ajudam trabalhar a motricidade ampla e fina e permitem fazer os movimentos específicos e necessários ao manuseio do lápis no ato de escrever.
Muitas vezes a criança entra na escola sabendo traçar algumas letras e enquanto a professora atende alguns alunos da classe, outros já escrevem de qualquer modo. Convém dar noções de direção, tamanho e espaço para que percebam a forma das letras e a maneira de riscar seu traçado.
Apesar de hoje não haver mais a preocupação tão acentuada em relação à escrita bonita, em nada mudou em relação ao traçado correto e legível. Para sanar casos de dificuldades, onde não é possível decifrar a letra de alunos em séries mais avançadas e, mesmo nas séries iniciais, é possível corrigir e melhorar sua aparência através de exercícios de caligrafia.
Kalli significando beleza e grafia, a escrita – caligrafia é a arte da escrita bela. E como expressão de arte, está sendo definida em nossos dias. Todos que aprendem a ler e escrever desenvolvem a sua própria caligrafia. Construída ao longo dos anos, a caligrafia é uma expressão pessoal. Paralelo a isso, a grafologia, que estuda a personalidade do indivíduo, parte do princípio de que a escrita é a expressão própria da personalidade.
Do desenho à letra
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Arte Literária
Sabemos que o uso da palavra não é um privilégio do escritor, pois ela serve como forma de comunicação para todas as pessoas. No entanto, há uma diferença entre a linguagem literária e aquela usada na comunicação diária; essa diferença está no trabalho pessoal e criativo do escritor durante a elaboração de seus textos quando faz com que as palavras ganhem novos significados, além daqueles que já possuem.
O conteúdo de uma obra literária não pode ser confundido com cenas da vida real. Os novos significados utilizados no texto literário devem ser descobertos pelo leitor, num processo ativo de decodificação do texto. O nível de compreensão dependerá da familiaridade que o leitor tem com a literatura e da sua bagagem cultural.
O escritor literário, ao elaborar o texto, não trata de tudo, apenas seleciona o que julga mais relevante e organiza o texto de modo a provocar um impacto no leitor, vai criando uma outra realidade, a realidade artística.
Muitas vezes, situações que pouco nos afetam em nossa vida diária chegam a provocar emoção quando lidas num poema ou num romance, só por serem expressas em linguagem artística.
A literatura é essencialmente ficção. Numa obra literária o que predomina é a imaginação do escritor, que goza da mais completa liberdade de criação. E para chamar a atenção do leitor sobre determinados aspectos da vida, o escritor pode criar uma história absurda, pois a presença do absurdo ou do fantástico, dá ao texto uma dimensão altamente simbólica, causando um impacto no leitor e fazendo-o refletir sobre o sentido daquela transfiguração da realidade.
A literatura como uma das formas de expressão da sensibilidade humana também participa do processo de transformação que ocorre periodicamente na vida
Compreender essa característica da literatura é compreender por que a verdadeira obra de arte permanece através do tempo, despertando o interesse de muitas e muitas gerações de leitores.
domingo, 27 de abril de 2008
A arte de bem comer II
ARTES
Relato do Projeto
RESGATE DA ARTE BARROCA MISSIONEIRA Nasci em Caibaté onde cresci ouvindo lendas, mitos e histórias reais e fictícias da saga missioneira. Natural curiosidade fez-me conhecer mais sobre a história das Missões. Relacionado a ela, encontrei um manancial de artistas em São Luiz Gonzaga onde fixei residência em 2003. Interpretei como fruto de grandes Mostras Internacionais da Arte Missioneira realizadas no passado. Autodidata em artes plásticas, no ato do remanejo fui destinada à E. E. de Ens. Fund. Dr. Mário Vieira Marques - CIEP, para atuar como professora nas Oficinas de Artes com 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental. A escola localiza-se na periferia de SLG, próxima ao presídio. Os alunos provém em sua maioria, de famílias desestruturadas socialmente, bem pobres, onde o responsável sustenta a família com menos de salário mínimo mensal. Trabalham como catadores de papelão, garrafas pet, cortadores de grama e outros serviços de “picaretagem” (sem data fixa). Alguns dos alunos têm os pais presos por infrações...São crianças rebeldes, desmotivadas, sem ânimo para estudar. As professoras vivem o desafio de abrandar protestos, cenas de violência, falta de respeito, furtos, etc. e a necessidade de definir limites, procurando dar a educação básica que compete à família. Como profª de Arte, vejo nesse ramo uma forma de diminuir as penas cruciais em que vivem as crianças. Sinto-me desafiada a transmitir o gosto pela arte, em proporcionar momentos prazerosos para atenuar os conflitos que trazem de casa. Observo que em geral correspondem, mudam de comportamento. Percebo que a música os condiciona a entrar no clima de concentração... Ao trabalhar com desenho, pintura, música (canto) e dramatização, constatei em alguns alunos, bastante facilidade, interesse e natural motivação para essa arte, contrastando com as demais atividades em outras disciplinas. Desde que cheguei, observei no rostinho de vários alunos, traços bem marcantes da etnia indígena guarani. Fiz um levantamento sobre o possível parentesco com as tribos de nativos que aqui viveram no passado. Fiquei surpresa e triste ao perceber que “ninguém queria ter descendência de índio!” Houve gestos de repulsa entre as crianças de traços mais evidentes. Questionei sobre os motivos da reação de repulsa. Alegaram, prontamente: “Índio é feio, é pelado; não tem onde morar, nem o que vestir. Só vende balaios (cestos de taquara) nas ruas”. Quando soube do Projeto VIII Prêmio Arte na Escola Cidadã / 2007 através do hotsite repassado às escolas pela 32ª CRE, interessei-me pensando que “Resgate da Arte Missioneira” seria o tema ideal para valorizar a arte indígena e devolver sua auto-estima, em declínio. Resolvi colocá-lo em ação, com incentivo da escola e apoio da colega, Profª Marisa, que auxiliou com material. Além de estudar a arte como um todo, pensei em especificar o assunto e colocar o título: “Resgate da Arte Barroca Missioneira,” oportunizando aos alunos o conhecimento e destacando as características desse estilo trazido da Europa, único no Brasil e no mundo (diferente do barroco mineiro e europeu) e assim ressaltando a importância das obras criadas pelos ancestrais guaranis. O primeiro passo: pesquisar na Wikipédia, em diversos sites da internet e em livros disponíveis na biblioteca local, referentes ao assunto; base para iniciar um diálogo expositivo na sala de aula. Com as duasturmas de 4ª série, o assunto foi mais aprofundado, usei mostras de imagens e fotografias das obras existentes. Na sala de informática oportunizei a pesquisa pelo Google sobre Arte Barroca Missioneira. Para as duas turmas de 3ª série fui menos detalhista na explicação e menos exigente nos resultados. Em 2º plano, fiz um roteiro e visitei com os alunos, diversos espaços artísticos e turísticos no centro da cidade que a maioria não conhecia. A Profª Marisa aceitou acompanhar-nos. Com breve preparo, fomos ter contato direto com as obras barrocas da igreja matriz católica de cores fortes e posição de movimento em alto relevo esculpidas em madeira. Observar de perto o santo de “pau oco”, usado pelos jesuítas na dramatização para catequese. Entrevistamos o artista plástico Arno Schleder que estava pintando um quadro com tema indígena no Atelier de Artes Los Libres. Solicitamos palestra com o escultor Vinícius Ribeiro no seu ambiente de trabalho. Na Galeria Histórica os alunos puderam apreciar quadros de diversos vultos importantes e uma bela maquete, moldada em resina, modelo de planta, reproduzindo a organização das reduções jesuíticas dos Sete Povos das Missões. Visitamos também: dois museus e o Centro de criatividade “Arte Nossa”, todos com importantes fontes de pesquisa e acervos de imagens e obras de inestimável valor histórico. De volta à escola, a turma foi relatando o que viu. Diversas atividades foram desenvolvidas. Eis algumas: Estátuas em estilo barroco – reproduzir pelo desenho quadriculado nos tamanhos normal, reduzido e ampliado. Arcos e fachadas – modelagem em dois tipos de massinhas e após também com argila. Música – conhecer a letra e melodia de autores missioneiros. Quatro atividades ficaram no plano para serem desenvolvidas após o envio do relato junto com a inscrição: Resgatar a música e a melodia indígena guarani; dramatizar o Jesuíta catequizando os índios guarani; construir maquete a partir de planta-modelo das reduções e, produzir máscaras de gaze com gesso (santos contemplativos e índios). Com as atividades feitas, pude constatar que os educandos demonstraram um aumento significativo de entusiasmo e interesse em conhecer a Arte passada e presente das Missões. Percebi que foram aceitando, aos poucos, com maior prazer todas as atividades, e a partir delas, os descendentes indígenas, mudaram sua postura, construíram conceitos novos sobre os valores herdados dos ancestrais e passaram a compreender o fato de serem os seus antepassados, o alvo turístico nas missões, hoje.
Painel do Projeto
sexta-feira, 11 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
Alguns participantes
Projeto: "Resgate da Arte Barroca Missioneira"
"Resgate da Arte Barroca Missioneira", desenvolvido
junto com os alunos de 3ª e 4ª séries do Ens. Fund. Dr.
Mário Vieira Marques - CIEP / SLG. (2007).
Concorreu e foi enviado ao VIII Concurso Arte na
Escola Cidadã, promovido pelo Instituto Arte
na Escola de SP em 2007.
Neste ano o Instituto está promovendo e já lançou o
IX Concurso de Artes.
Por ser 2008 o ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA,
haverá um destaque especial para temas de
projetos que envolvam
a natureza e o meio ambiente.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Água - fonte da vida
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
III Mostra de Artes do Atelier Los Libres
O século XIX, em muitas cabeças foi atravessado pela idéia do progresso e crença de que futuro é conquista assegurada. É um período caracterizado pela velocidade de transformações e novas forças sociais que reorganizam e se unem em interesses comuns. Outra faceta do perfil daquele século é a comunicação, de forma cada vez mais visual e a necessidade de produzir imagens em maior quantidade e com mais rapidez. Até aquela época, todos os documentos e registros que ficavam para a história eram feitos através do desenho e pintura. Surge a máquina fotográfica, invenção do militar e cientista francês, Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) que, utilizando uma câmara escura, inventou a primeira fotografia do mundo. A partir desse prodigioso invento, e até hoje a fotografia recebe enorme destaque. Iniciando a nova era, por agir mais veloz do que o desenho e a pintura, foi criando infinidade de utilidades. Registros dos mais diversos, foram sendo deixados para a posteridade por conta da fotografia. Os fatos e acontecimentos eram reprisados através de uma câmara fotográfica. Terá a arte plástica perdido seu valor em função da fotografia? De forma nenhuma. A representação da realidade através do desenho, especialmente a natureza, não foi abalada com o desenvolvimento da fotografia. Pelo contrário: a fotografia foi incorporada ao mundo artístico como mais uma entre tantas modalidades da arte, com características próprias. No início era usada para simplesmente, reproduzir qualquer pessoa ou objeto real que houvesse sido fotografado. Com o passar do tempo e até hoje, outras formas foram sendo criadas, usando-se efeitos especiais como recortes e montagens. No assunto “arte” há infinidade de espaços para criar, inovar, comunicar, expressar-se; há também amplo espaço para integrar mais e mais artistas interessados no assunto. O Atelier de Artes Los Libres estará realizando a sua 3ª Mostra de Artes nos dias 1º e 2 de dezembro, (próximo final de semana). Cada ano há uma data reservada para esse evento e procura-se colocar sempre algo diferente. Neste ano, os integrantes do Atelier têm o prazer de trazer ao meio artístico são-luizense o jovem fotógrafo Alexandre Reisdorfer para fazer uma mostra de fotografias, juntamente com as demais atrações. A partir das 9:00hs. - horário de abertura - a 3ª Mostra do Atelier Los Libres mostrará desenho, pintura, escultura e fotografia. Os alunos do Ponto de Cultura também se farão presentes com suas pinturas e desenhos. Da mesma forma serão destaque, quadrinhos e charges. Às 17:00hs. de sábado terá oficinas com modelo vivo. Desde já deixamos o convite para toda comunidade e a cada um em particular: alunos, professores e a todos que de alguma forma apreciam a arte, pois acreditamos que o nosso trabalho só terá pleno sentido se tivermos público para apreciá-lo.
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